Você sabe o que é depressão?
- Humor “triste, vazio ou irritável”;
- Perda de interesse ou prazer em atividades;
- Redução ou aumento do apetite;
- Insônia ou hipersonia;
- Agitação ou retardo psicomotor;
- Fadiga;
- Pensamentos de inutilidade e culpa excessiva;
- Pensamentos recorrentes de morte;
- Baixa autoestima;
- Pensamentos de desesperança.
Estes são alguns dos sintomas relatados por quem sofre de transtornos depressivos, e também observados por aqueles que convivem com essas pessoas. De acordo com os mesmos, esses sintomas manifestam-se na maior parte do dia, em quase todos os dias. Acompanham prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
E como a dança pode ajudar essas pessoas? Estudos em Psicologia da Dança trazem evidências muito interessantes e estimulantes!
>> Leia também: A dança como terapia para sintomas de depressão
Referências:
American Psychiatric Association. (2002). DSM-IV. Porto Alegre: ARTMED, 4a. ed.
Jeong, Y-J.; Hong, S-C.; Lee, M. S.; Park, M-C.; Kim, Y-K; & Suh, C-M. (2005). Dance movement therapy improves emotional responses and modulates neurohormones in adolescents with mild depression. International Journal of Neuroscience, vol. 115, no. 12, pp. 1711-1720.
Koch, S. C.; Morlinghaus, K.; & Fuchs, T. (2007). The joy dance: specific effects of a single dance intervention on psychiatric patients with depression. The Arts in Psychotherapy, vol. 34, pp. 340-349.
Lopes, M. C. (2017). Psicologia da dança: um e-book sobre a história da psicologia da dança na ciência e na prática. Maria Cristina Lopes, Rio de Janeiro.
Lovatt, P. (2013). Dance Psychology: The Power of Dance across Behaviour & Thinking. Psychology Review.
Murrock, C. J.; & Graor, C. H. (2014). Effects of dance on depression, physical function, and disability in underserved adults. Journal of Aging and Physical Activity, 22(3), 380-385.
Um estudo (Koch, Morlinghaus & Fuchs, 2007) feito com pessoas que apresentavam depressão, em um hospital psiquiátrico, mostrou que uma sessão de 30 minutos dançando a uma música apresentou como efeito a redução de sintomas depressivos e o aumento de percepções de vitalidade - “estar cheio de energia”, “forte” e “saudável” -, de acordo com relatos de participantes do estudo. Enquanto um grupo passou pela sessão de 30 minutos dançando a música, outro grupo passou pela sessão de 30 minutos apenas escutando a música. Os participantes do segundo grupo, por sua vez, relataram o aumento dos sintomas depressivos. O que sinaliza a eficácia da dança como variável isolada.
Em outro estudo (Jeong, Hong, Lee, Park, Kim & Suh, 2005), adolescentes que apresentavam depressão foram submetidas a 3 sessões de dança semanais, ao longo de 12 semanas. Nessas sessões, o trabalho na dança era orientado à consciência corporal, movimento e expressão de emoções. Após as sessões, as participantes relataram a redução de “sentimentos de depressão, ansiedade e hostilidade”. Também relataram estarem “fisicamente mais relaxadas”, o que pode ser comprovado pela mudança na concentração de hormônios de stress no corpo (como cortisol) e aumento de serotonina e beta-endorfinas, estimuladas pela prática da dança.
Além do tratamento de sintomas, a dança também melhora a qualidade de vida do indivíduo, ao estimular a interação social, a prática de exercício físico, a autoeficácia, a autoestima, a regulação do sono, etc. É importante, contudo, que o contexto da dança seja reforçador, e que se busque promover não somente técnica, mas também socialização, expressão de emoções e autoaceitação.
Assim, como nestes e em diversos outros estudos científicos (além de evidências práticas), a dança tem se mostrado uma terapia complementar eficaz para o tratamento da depressão, aliada à psicoterapia, medicação, e outras formas de intervenção.
Vamos divulgar este conhecimento!
>> Leia também: Saúde, mente e corpo: o tripé que vai fazer você começar a dançar hoje
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Psicologia da dança
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"A psicologia pode ajudar o universo da dança promovendo bem-estar, melhora de rendimento e de aprendizagem e muito mais!" Maria Cristina Lopes.
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