Os aspectos protetores e estressores
Todos nós temos alguns fatores de proteção e outros de risco para o suicídio. Podemos trabalhar os aspectos de risco e buscar os aspectos de proteção para a prevenção do suicídio de forma individual em tratamento ou até mesmo a nível institucional. Algumas destas medidas podem ser: aumentar contato com familiares e amigos, buscar e seguir tratamento adequado para doença mental, envolvimento em atividades espirituais, iniciar atividades prazerosas ou que tenham significado para a pessoa, como trabalho voluntário ou hobbies, evitar o uso de álcool e drogas.
Outros fatores protetivos: Ausência de doença mental; Autoestima elevada; Bom suporte familiar; Capacidade de adaptação positiva; Capacidade de resolução de problemas; Estar empregado; Laços sociais bem estabelecidos com amigos e familiares; Senso de responsabilidade com a família; Ampliação do suporte social dentro da comunidade, capacitando as pessoas a reconhecer e buscar recursos e/ou serviços; Treinamento de profissionais de Saúde e de Educação não especializados para identificação; Acompanhar indivíduos que tentaram suicídio dentro dos serviços em rede; etc.
Outros fatores estressores ou de risco: Abuso sexual na infância; Alta recente de internação psiquiátrica; Doenças incapacitantes; Impulsividade/Agressividade; Isolamento Social; Suicídio na família; Tentativa prévia; Doenças mentais; Perdas, traumas, maus-tratos, abuso (físico, sexual, psicológico) e negligência; Sofrimento psíquico grave; Baixa tolerância à frustração; Dor psíquica que dificulta pensar em alternativas para sua situação; Perda de emprego, problemas financeiros; Desesperança e autodepreciação; Abuso de álcool e/ou substâncias; etc.
Os transtornos e o suicídio
Os transtornos mentais estão muito associados ao suicídio, sobretudo os transtornos de humor, como a depressão e a bipolaridade, chegando a 15% de risco de suicídio (CRP/DF, 2020). Transtornos de personalidade, como o borderline, também têm altas taxas de risco de suicídio.
O suicídio costuma ter a ver com três fatores importantes: 1 - uma dor psicológica intolerável (resultado das frustrações de necessidades psicológicas); 2 - um grau de perturbação (distúrbios ou transtornos prévios que dificultam o manejo das emoções e enfrentamento das situações) e 3 - um estado de pressão (estressores e eventos adversos, como a pandemia, morte de um ente querido, o desemprego, endividamento, a discriminação, etc.) (Shneidman, 1993, como citado em CRP/DF, 2020). As pessoas podem se tornar desesperadas e se ver incapazes de lidar com o seu sofrimento. A dor psicológica intensa as leva a não encontrar outra solução para o alívio da tensão. No entanto, com o encaminhamento para o tratamento e oferta de serviços de saúde adequados, o suicídio pode ser prevenido e a pessoa consegue se ver capacitada para lidar com as suas emoções e adversidades. Por isso é importante repetir, repetir, repetir: tem tratamento!
O trabalho
O risco de suicídio é muito maior quando associado ao desemprego (CRP/DF, 2020). Crises econômicas, portanto, estão relacionadas com maiores taxas de suicídio. Segundo o CRP (2020) a fragilidade dos vínculos trabalhistas e piores condições de trabalho, bem como dificuldades socioeconômicas também são fatores de risco para transtornos mentais e para o comportamento suicida. O trabalho, além de fonte de renda, é importante para a individualidade e construção da identidade. Ele também oferece papel social, é fonte de desenvolvimento da subjetividade e pode oferecer um sentido para a vida. A perda ou a fragilidade disso pode levar ao sofrimento psíquico e ao suicídio.
Suicídio (dados e informações gerais)
Você pode saber o que é o suicídio, mas provavelmente não sabe muitos dados importantes como os fatores e atitudes pessoais relacionadas ao suicídio, além de quais as pessoas mais afetadas. Por isso, recorri a alguns documentos do Conselho Federal de Psicologia e da OMS para passar algumas informações importantes que podem te ajudar a entender o suicídio - e a prevení-lo.
O suicídio é um ato intencional de uma pessoa que tem expectativa de morrer. Mesmo que exista ambivalência, a pessoa escolhe um método que ela considera fatal. O suicídio em si é um dos elementos do comportamento suicida que, na verdade, envolve a ideação, o planejamento e a tentativa de se matar. É um fenômeno multifatorial e não dá para tentarmos fazer generalizações ou explicações reducionistas sobre o assunto.
O suicídio em si é o ato de se matar, enquanto a tentativa de suicídio é a conduta suicida não fatal. Pode ser planejado ou impulsivo. Isso depende de cada caso. Mas a letalidade do ato suicida costuma aumentar a cada nova tentativa (CRP/DF, 2020). Alguns indicativos de que uma tentativa pode ocorrer são, justamente, as tentativas prévias, a ideação suicida e o planejamento suicida.
A ideação é basicamente pensar sobre tirar a própria vida ou mesmo pensar em estar morto. A ideação é um fator importante para a intervenção e quanto mais frequente e detalhada é a ideação, maior o risco de suicídio (CRP/DF, 2020). Já o planejamento do suicídio indica maior gravidade à ideação suicida. Planos têm mais detalhes, uma intenção mais evidente, têm escolha de método. As pessoas podem até definir uma data, por exemplo.
Epidemiologia
O suicídio tem aumentado no mundo todo. É a terceira principal causa de morte entre pessoas de 15 a 44 anos e a segunda entre pessoas de 15 a 29 anos (CRP/DF, 2020). É muito preocupante e um problema de saúde pública. Mas por causa dos estigmas sociais, as pessoas não falam sobre isso e desqualificam aqueles com ideação suicida ou que já tentaram o suicídio, dificultando a prevenção e a busca por tratamento adequado. Falar sobre o assunto não é simples ou fácil, mas importante para deixarmos este estigma de lado e facilitar a busca por ajuda.
O Brasil está entre os 10 países que registram os maiores números absolutos de suicídios. Segundo o Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (2020), no Brasil, entre 2000 a 2015, ocorreram 11.947 mortes em função de lesões autoprovocadas em jovens de dez a 19 anos. É coisa demais para a gente deixar de falar sobre isso e se preparar para lidar com esse problema nas escolas de dança. Professores de dança e diretores sabem que muitas crianças e adolescentes passam mais tempo na escola de dança do que na escola regular. Precisamos ter cuidado com a saúde mental também nestes espaços!
Inclusive, os jovens estão mais propensos a comportamentos impulsivos. É importante estarmos atentos aos sinais de alerta entre adolescentes e jovens adultos, como: mudanças bruscas de personalidade ou de hábitos, afastamento de familiares e amigos, perda de interesse por atividades que eram apreciadas, mudança no padrão de sono, comentários autodepreciativos, desesperança e interesse crescente sobre morte. Fale com os alunos e seus familiares. Na escola, se formarmos uma comunidade mais unida, fica muito mais fácil identificarmos estes sinais. Professores de dança sabem que muitos adolescentes desistem da dança. Apesar desta fase ser um momento de desenvolvimento da identidade e uma desistência da dança ser até mesmo saudável para alguns adolescentes, em muitos outros pode ser um grande sinal de atenção!
Os idosos também são muito propensos ao comportamento suicida, em especial a partir de 75 anos (CRP/DF, 2020). A depressão, o isolamento social, as doenças incapacitantes e degenerativas, as dificuldades financeiras e a aposentadoria são os fatores de risco para o suicídio entre pessoas idosas. Idosos institucionalizados também têm frequentemente o sentimento de abandono, desamparo e isolamento, o que contribui para o desenvolvimento de depressão e da ideação suicida. Os vovôs e vovós dos alunos, muitas vezes distantes da dança, podem ser convidados para fazer parte deste espaço e cuidar de si. Assim, trabalhamos a socialização. Em outros casos, o simples fato de serem convidados a fazerem parte da rotina escolar, cuidando dos netos e participando de festividades é o suficiente para lidar com aspectos como o abandono e o isolamento.
Em relação à família, pessoas com ideação suicida muitas vezes têm um histórico de relações instáveis e problemáticas. Assim, devemos estar atentos à qualidade das relações interpessoais e com queixas relacionadas ao isolamento social. Professores que conhecem a família de seus alunos costumam estar mais cientes destas questões e entender melhor como lidar com problemas do aluno, quando estes surgem.
Além disso, o diagnóstico e tratamento da depressão, assim como intervenções de prevenção e promoção de saúde mental são os meios mais eficazes para a diminuição dos índices de suicídio. Por isso, o olhar do professor e a devolutiva eficaz sobre a sua percepção sobre o comportamento, atitudes e emoções do aluno é muito importante. Encaminhá-lo para a avaliação profissional e tratamento adequado é fundamental!
Quais estratégias usar para lidar com o sofrimento emocional?
Há inúmeras estratégias para lidar com os distúrbios psicológicos. A maioria deve ser desenvolvida em terapia com um psicólogo que vai conhecer os seus padrões psicológicos e entender o que vai funcionar melhor no seu caso. Mas indico fortemente duas estratégias principais que funcionam para lidar com diversos tipos de sofrimento emocional.
O primeiro deles é o treino da respiração. As nossas emoções e aspectos cognitivos regulam a respiração, mas o contrário também é verdade! Quando a nossa atenção está focada em ter uma respiração adequada e relaxada, regulamos também as emoções e cognições. Há inúmeras formas de treinar a respiração, uma delas é através de meditações. Para isso, indico o aplicativo Lojong de meditação guiada, mesmo para quem nunca meditou. Ajuda a diminuir as preocupações, sair da “ruminação” de pensamentos incômodos e a lidar com a ansiedade.
O seguinte é fortalecer as relações interpessoais com amigos, familiares, comunidade, professores, etc. Muitas pessoas em sofrimento psicológico podem se sentir “desconectadas” das pessoas ao seu redor e acabar se afastando delas por esse e outros motivos. Mas o estreitamento das relações sociais é um apoio extra para quem está passando por estas dificuldades no momento. Por isso, combinar um programa bacana, assistir a um filme juntos ou simplesmente conversar por whatsapp já pode ajudar.
Estas estratégias são recursos importantes, mas não substituem a terapia ou tratamento psiquiátrico, hein. Então não deixe de buscar ajuda.
Quais livros ler?
Livros também não substituem a terapia, mas podem ajudar. Recomendo estes aqui:
- Lidando com a ansiedade - Stefan G. Hoffman /Editora Artmed
- Livre de ansiedade - Robert L. Leahy / Editora Artmed
- Não acredite em tudo o que você sente - Robert L. Leahy / Editora Artmed
Como buscar ajuda?
No Brasil temos algumas formas de buscar atendimento.
A nível público temos o SUS com hospitais e, principalmente, com o CAPS. Você deve buscar estas instituições na sua cidade. Se informe no posto mais perto de você.
Nós também temos os planos de saúde, muito usados no nosso país. Infelizmente, a maioria não oferece atendimento psicológico adequado e dificulta muito o acesso a eles. Mas agende uma consulta com um médico psiquiatra para ter uma avaliação e orientação sobre como proceder.
Também temos atendimento psicológico gratuito ou social em faculdades de Psicologia (são chamados de SPA). Se tiver na sua cidade eu recomendo entrar em contato para que você possa ser atendido. Outras cidades também oferecem serviço gratuito ou social por outros meios, como ongs ou clínicas sociais. No G1 clicando aqui você encontra uma lista com algumas instituições pelo Brasil que oferecem este serviço.
Por fim, você também pode ter acesso a um serviço de qualidade com atendimento particular. Para casos de comportamento suicida o melhor é que seja um atendimento presencial, por algumas particularidades destes casos. Para outras situações, o atendimento online funciona muito bem e já foi bastante estudado para pessoas com depressão ou ansiedade, por exemplo, com bastante êxito. Busque um psicólogo na sua cidade ou online em quem confie.
Setembro é o mês de prevenção do suicídio e no dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Para prevenir precisamos falar sobre o suicídio e os estigmas relacionados a isso. São mais de 1 milhão de suicídios todos os anos no mundo - um problema de saúde pública. Mais de 90% dos casos estão relacionados aos transtornos mentais, como a depressão, por exemplo. Ou seja, eles podem ser prevenidos com tratamento, atenção e orientação adequados.
Este artigo é voltado para diretores de escolas de dança e professores de dança e pretende informar os profissionais para lidar com este comportamento e preveni-lo.
Você tem um aluno que te causa preocupação?
Talvez você esteja, mesmo que de forma não muito consciente, percebendo alguns sinais importantes. Não duvide desta inquietação. Pelo contrário: investigue, corra atrás de entender mais sobre a saúde mental e saiba melhor sobre como encaminhar o caso.
Antes de começar a te dar algumas informações sobre este assunto, preciso pontuar que a formação de profissionais de dança, infelizmente, não o prepara para lidar de forma efetiva com estes aspectos. Mesmo quando o profissional tem a chance de ingressar na faculdade de dança, ela não oferece esta base sólida, cabendo ao profissional buscar um amparo em cursos complementares. Por isso, os cursos extras são muito importantes, mas também a presença de outros profissionais na escola de dança, como o próprio psicólogo e o pedagogo, o que ainda é muito raro.
Dito isso, este artigo pretende apenas ser um início neste estudo e informar questões gerais, mas lembre-se: cada caso é um caso e merece investigação!
Precisa de ajuda imediata?
Em caso de crise, ligue para 188 (CVV) ou acesse o site www.cvv.org.br. Em caso de emergência, procure atendimento em um hospital mais próximo, ou ainda, ligue para o SAMU 192.
Compartilha este artigo para divulgar informações e ajudar na prevenção do suicídio.
REFERÊNCIAS
Akandere, M., & Demir, B. (2011). The effect of dance over depression. Collegium antropologicum, 35(3), 651-656.
Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (2020). Orientações para a atuação profissional frente a situações de suicídio e automutilação. Brasília: CRP. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/images/CRPDF-Orientacoes_atuacao_profissional.pdf
Koch, S. C., Morlinghaus, K., & Fuchs, T. (2007). The joy dance: Specific effects of a single dance intervention on psychiatric patients with depression. The arts in Psychotherapy, 34(4), 340-349.
WHO (2022) COVID-19 pandemic triggers 25% increase in prevalence of anxiety and depression worldwide. Disponível em: https://www.who.int/news/item/02-03-2022-covid-19-pandemic-triggers-25-increase-in-prevalence-of-anxiety-and-depression-worldwide
COMO FAZER REFERÊNCIA A ESTE ARTIGO:
Lopes, M. C. (2022, setembro 01) Prevenção de suicídio e o papel da escola de dança - Setembro Amarelo. [Blog]. Recuperado de: https://www.mariacristinalopes.com/
A prevenção de suicídio e o papel da escola
A escola, além de espaço de aprendizagem, é um espaço formativo e deve ser fonte de socialização e promoção de saúde. É importante que os professores estejam preparados para identificar alguns sinais nos alunos, como sinais de transtornos mentais, relações problemáticas, falta de suporte parental e bullying que também está associado ao suicídio (CRP/DF, 2020).
As vítimas de bullying sofrem pressão psicológica e têm a autoestima afetada. Além de combater o bullying, a escola também deve buscar promover a socialização saudável, diminuir a competição exagerada e criar uma rede de apoio para os alunos. Ou seja, ser um espaço de acolhimento mesmo. Além disso, ter um profissional da psicologia para orientar os professores e para desenvolver programas de habilidades socioemocionais com os alunos é muito efetivo. Assim, os professores são capacitados para lidar com estas questões e os alunos desenvolvem habilidades importantes, fortalecendo as emoções para a prevenção do suicídio.
A escola de dança e o suicídio
A dança pode ter uma cultura voltada para a competição, para o culto à magreza e de rigidez muito grande. Esta cultura pode gerar ansiedade, depressão e transtornos alimentares, por exemplo, além de outros transtornos mentais. É importante que os professores desenvolvam uma cultura institucional de apoio que não endossem a competição excessiva, a magreza extrema ou um padrão de comportamento muito rígido.
Os professores de dança devem saber identificar problemas de ordem comportamental e psicológica, além de comunicá-los para os responsáveis dos alunos, bem como encaminhar para o tratamento adequado. Para isso, um profissional na instituição e a formação adequada dos professores é imprescindível.
Dar suporte emocional ao aluno e ensiná-lo a lidar com a ansiedade em situações de competição ou de apresentação, por exemplo, também são medidas interessantes.
Além disso, devemos falar sobre trabalho e identidade. Muitos alunos sonham em se tornarem bailarinos profissionais. Este desejo faz parte das suas identidades. Neste sentido, a orientação profissional é muito importante, bem como informá-los sobre as dificuldades da profissão, preparando-os para o mercado e para possíveis frustrações ao longo do caminho. Muitos alunos não são preparados para lidar com estas questões a acabam se vendo sem ferramentas para enfrentar as rejeições e a fragilidade das relações de trabalho na dança.
Por fim, há muitos alunos que desistem da dança por inúmeros motivos. Infelizmente, no Brasil, as escolas de dança, mesmo aquelas com um ambiente de maior suporte, têm uma cultura muito competitiva e institucionalizada. É comum que estas escolas rejeitem ex-alunos que desistiram da dança ou foram estudar em outra escola. Às vezes estes alunos não são nem sequer recebidos no espaço e há casos em que os alunos que ainda frequentam a escola são orientados a não se comunicar com os desistentes. Um absurdo, né?
Para o aluno que desiste, isso significa que a sua rede de apoio não existe mais. Isso também implica em problemas e algum nível de sofrimento relacionado à perda da própria identidade e dos sonhos construídos naquele espaço. A escola deveria se preocupar com estas pessoas e com a prevenção de forma global para a comunidade e não exclusiva para os alunos atuais e pagantes. De que forma a gente tem tratado quem desiste ou quem vai para outra instituição?
Em resumo, ter uma cultura saudável, professores preparados e profissionais da psicologia para ajudar são as estratégias mais importantes para a prevenção do suicídio nas escolas de dança.
A dança também pode ajudar na depressão e isolamento social
Apesar da dança poder, em alguns casos, representar uma cultura insalubre, em muitos outros a dança representa o verdadeiro oposto: um espaço de acolhimento, de relações saudáveis e de desenvolvimento da consciência corporal e da autoestima.
Apesar disso parecer ambíguo, precisamos analisar a cultura do espaço e da escola e não a dança em si para entendermos este fenômeno. Um espaço extremamente competitivo, com pouca atenção aos aspectos emocionais e com uma cultura de magreza, provavelmente vai levar a sofrimento emocional e possivelmente a transtornos mentais. No entanto, em um ambiente de apoio social, de respeito ao corpo e de atenção ao indivíduo, é possível colhermos os verdadeiros benefícios da dança. Dito de outra forma, a dança em si pode ser muito benéfica para a pessoa, mas numa cultura insalubre a dança pode levar a problemas psicológicos.
A dança pode, inclusive, auxiliar no tratamento de depressão (Akandere Demir, 2011; Koch, Morlinghaus & Fuchs, 2007), além de promover a socialização e, portanto, diminuir o isolamento social. Por isso, em condições ideais de cultura saudável a dança pode promover a saúde, diminuir sintomas de depressão e o sofrimento psicológico.
Covid-19
Infelizmente, os dados indicam que no primeiro ano da pandemia da COVID-19, houve um aumento de 25% da prevalência de ansiedade e depressão (WHO, 2022). Uma explicação é o aumento do estresse causado pelo isolamento social e da própria crise da saúde, além da instabilidade social e econômica. Os jovens e as mulheres foram os que mais sofreram com estes aspectos de acordo com o WHO (2022). Pessoas com problemas de saúde também estiveram mais propensos a desenvolver distúrbios mentais.
Existe tratamento!
Como já falamos, a grande maioria dos comportamentos suicidas estão relacionados a problemas de ordem psicológica. E para estes existe tratamento e apoio tanto psicológico quanto psiquiátrico. As pessoas e profissionais que estão ao redor da pessoa com estes comportamentos devem apoiar e orientar para a busca de tratamento.
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